Antes de mais nada, começar, logo ao meio. Levar dedos entre pólos, folear página a página dum livro que termina em prólogo. Desconhecer títulos, capa. Introdução. Muito prazer, sou Musa Ramalho Oliveira, é o bastante pra final de conversa, o início é intríseco, na verdade, não passamos de continuação.
... e assim em ti eu me atirei...
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
terça-feira, 6 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Buh!
Eu consigo ver bem alto a dor da poesia morrendo em mim.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Good bye, hun
Voce diz conhecer as mentiras da Biblia, os segredos da historia e a chave da sorte. Nao da minha, meu bem. Uma vida prospera eh tao questionavel quanto o seu conhecimento. Eu nao preciso de um caminho, nem vou admira-lo se me levar com voce. Nao preciso seguir ninguem para ser feliz e se estou aqui, foi por um vento torto que me tirou do prumo. Nao me venha de lider, nao quero um pai, muito menos professor. Meu amor eh simples e se resume em poucas palavras. Se nao for suficiente, sinto muito, mas nao acredito que possa prova-lo. Nao sou o ideal de mulher. Nao espero por ninguem, nao ligo, nao chingo, nao me importo e sei que vc nao quer um amor assim.
p.s.: credo, vc eh tao ridiculo que nem consigo escrever uma coisa criativa a seu respeito.
p.s.: credo, vc eh tao ridiculo que nem consigo escrever uma coisa criativa a seu respeito.
domingo, 23 de março de 2008
Desista - Marcelo Ferrari
Desista! Você acredita que a resposta está no livro do coelho? No disco do lobão? No horóscopo chinês? Na poesia russa? Num evangelho que ainda não foi escrito, por um cara que ainda não nasceu, que mora num planeta que ainda não foi descoberto? Desista! Não sei quem foi que lhe disse, nem por que acreditou, porém, pro seu próprio bem, desista! Desista do parceiro ideal, da família ideal, da vida ideal. Se quer ser feliz pra sempre, desista agora! Se espera trabalhar duro, evoluir honestamente, se tornar um cidadão respeitado, pra ser feliz. Desista! Não espere pela felicidade: seja feliz desesperadamente! Se pretende se tornar famoso, ser reconhecido pelo talento, ser capa de revista de fofocas pra ser feliz. Desista! Abandone a pretensão: seja feliz despretensiosamente! Desista agora mesmo! Não passe a vida buscando outra vida. Desista de ser feliz um dia! Apenas seja agora! Quando desistir, compreenderá: todo lugar é o lugar certo. Toda hora é ideal. Não existe problema agora. Nem agora. Tampouco agora. E assim nunca. Quando desistir verá: você só enxerga sua sombra quando está de costas pro sol. Por isso desista! Desistir é fácil. Simples como andar pra frente. Inevitável como o movimento dos braços, dos rios, dos astros. Relaxe o ser. Abra a mão. A pedra cai sozinha. Desista do peso, da pedra, da pulga! Simplesmente desista! Como um navio que desiste da bússula e aceita a viagem. A felicidade não está no porto seguro. No ponto final o texto já acabou. Na página em branco não nasceu. Desista do fim pra sempre. Aceite o meio eternamente!
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Bastante conformista, mas eu gostei :)
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Bastante conformista, mas eu gostei :)
segunda-feira, 17 de março de 2008
Eu Quero Comer Massachusetts!
Se alguem me perguntesse o que eh Massachusetts, com certeza eu responderia que eh algum doce da familia dos Marshmellows. Principalmente quando neva, e as claras de ovos batidas, recheadas de acucar, chantilly, leite Ninho e sorvete de flocos sao misturadas a massa de bolo negro, alguns espanos, indianos e brasileiros tentando construir uma nac'ao... Se nao formassem um estado, esses fonemas juntinhos, gordinhos, e acucarados, com certeza seriam a capa vencedora do Prêmio Gourmand.
Massssssaccchhhusettsss! Que delicia!
Massssssaccchhhusettsss! Que delicia!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
João Cabral, um dos mestres
"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina ."
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
6 meses atrás...
'Olha só.. estamos em promoção! Agora vc pode comprar 5 fotos por 5 reais! Isso n é uma maravilha?'
'ah tá.. mas e s eu n quiser a promoção? o q vou fazer com 5 fotos 3x4?? só preciso de uma pra renovar a identidade'
'ahhh.. mas vc pode dar pros seus amigos.. parentes.. colocar na casinha do cachorro, bíblia da vovó... fotos 3x4 são muito importantes e úteis!'
'blz.. mas eu n quero a promoção.. eae?'
'queira! queira!
'n..¬¬ n quero..'
'ahh então tudo bem, te vendemo 4 fotos por R$4,00 :)'
¬¬
... 6 meses mais tarde
'olha... caso vc precise da foto vc pode ligar pra gnt, ela fica em nosso sistema por tempo indeterminado de 3 meses'
¬¬
moral da história: eu tinha q ser publicitaria quando eu crescer
'Olha só.. estamos em promoção! Agora vc pode comprar 5 fotos por 5 reais! Isso n é uma maravilha?'
'ah tá.. mas e s eu n quiser a promoção? o q vou fazer com 5 fotos 3x4?? só preciso de uma pra renovar a identidade'
'ahhh.. mas vc pode dar pros seus amigos.. parentes.. colocar na casinha do cachorro, bíblia da vovó... fotos 3x4 são muito importantes e úteis!'
'blz.. mas eu n quero a promoção.. eae?'
'queira! queira!
'n..¬¬ n quero..'
'ahh então tudo bem, te vendemo 4 fotos por R$4,00 :)'
¬¬
... 6 meses mais tarde
'olha... caso vc precise da foto vc pode ligar pra gnt, ela fica em nosso sistema por tempo indeterminado de 3 meses'
¬¬
moral da história: eu tinha q ser publicitaria quando eu crescer
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
music
Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
---
Eu pederia ter escrito isso, pena que o ovo veio primeiro q a galinha. Obrigada, Renato.
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
---
Eu pederia ter escrito isso, pena que o ovo veio primeiro q a galinha. Obrigada, Renato.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Os domingos - Paulo Mendres Campos
Todas as funções da alma estão perfeitas neste domingo.
O tempo inunda a sala, os quadros, a fruteira.
Não há um crédito desmedido de esperança.
Nem a verdade dos supremos desconsolos -
Simplesmente a tarde transparente,
Os vidros fáceis das horas preguiçosas,
Adolescência das cores, preciosas andorinhas.
Na tarde – lembro – uma árvore parada,
A alma caminhava para os montes,
Onde o verde das distâncias invencidas
Inventava o mistério de morrer pela beleza.
Domingo – lembro – era o instante das pausas,
O pouso dos tristes, o porto do insofrido.
Na tarde, uma valsa; na ponte, um trem de carga;
No mar, a desilusão dos que longe se buscaram;
No declive da encosta, onde a vista não vai,
Os laranjais de infindáveis doçuras geométricas;
Na alma, os azuis dos que se afastam,
O cristal intocado, a rosa que destoa.
Dos meus domingos sempre fiz um claustro.
As pétalas caíam no dorso das campinas,
A noite aclarava os sofrimentos,
As crianças nasciam, os mortos se esqueciam mortos,
Os ásperos se calavam, os suicidas se matavam.
Eu, prisioneiro, lia poemas nos parques,
Procurando palavras que espelhassem os domingos.
E uma esperança que não tenho.
O tempo inunda a sala, os quadros, a fruteira.
Não há um crédito desmedido de esperança.
Nem a verdade dos supremos desconsolos -
Simplesmente a tarde transparente,
Os vidros fáceis das horas preguiçosas,
Adolescência das cores, preciosas andorinhas.
Na tarde – lembro – uma árvore parada,
A alma caminhava para os montes,
Onde o verde das distâncias invencidas
Inventava o mistério de morrer pela beleza.
Domingo – lembro – era o instante das pausas,
O pouso dos tristes, o porto do insofrido.
Na tarde, uma valsa; na ponte, um trem de carga;
No mar, a desilusão dos que longe se buscaram;
No declive da encosta, onde a vista não vai,
Os laranjais de infindáveis doçuras geométricas;
Na alma, os azuis dos que se afastam,
O cristal intocado, a rosa que destoa.
Dos meus domingos sempre fiz um claustro.
As pétalas caíam no dorso das campinas,
A noite aclarava os sofrimentos,
As crianças nasciam, os mortos se esqueciam mortos,
Os ásperos se calavam, os suicidas se matavam.
Eu, prisioneiro, lia poemas nos parques,
Procurando palavras que espelhassem os domingos.
E uma esperança que não tenho.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
eu sei o que você fez no verão passado
O tempo me comia pela TV.
E eu ali, na condição de espectadora,
aguardava que aqueles últimos segundos se livrassem
de mais um inutilitário.
E eu ali, na condição de espectadora,
aguardava que aqueles últimos segundos se livrassem
de mais um inutilitário.
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