segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Plunct Plact Zum!

Selada, registrada, carimbada, avaliada, rotulada se quiser voar!

;D

domingo, 17 de fevereiro de 2008

João Cabral, um dos mestres

"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina ."

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

6 meses atrás...
'Olha só.. estamos em promoção! Agora vc pode comprar 5 fotos por 5 reais! Isso n é uma maravilha?'
'ah tá.. mas e s eu n quiser a promoção? o q vou fazer com 5 fotos 3x4?? só preciso de uma pra renovar a identidade'
'ahhh.. mas vc pode dar pros seus amigos.. parentes.. colocar na casinha do cachorro, bíblia da vovó... fotos 3x4 são muito importantes e úteis!'
'blz.. mas eu n quero a promoção.. eae?'
'queira! queira!
'n..¬¬ n quero..'
'ahh então tudo bem, te vendemo 4 fotos por R$4,00 :)'

¬¬

... 6 meses mais tarde
'olha... caso vc precise da foto vc pode ligar pra gnt, ela fica em nosso sistema por tempo indeterminado de 3 meses'

¬¬

moral da história: eu tinha q ser publicitaria quando eu crescer

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

music

Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...

---
Eu pederia ter escrito isso, pena que o ovo veio primeiro q a galinha. Obrigada, Renato.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Os domingos - Paulo Mendres Campos

Todas as funções da alma estão perfeitas neste domingo.
O tempo inunda a sala, os quadros, a fruteira.
Não há um crédito desmedido de esperança.
Nem a verdade dos supremos desconsolos -
Simplesmente a tarde transparente,
Os vidros fáceis das horas preguiçosas,
Adolescência das cores, preciosas andorinhas.

Na tarde – lembro – uma árvore parada,
A alma caminhava para os montes,
Onde o verde das distâncias invencidas
Inventava o mistério de morrer pela beleza.
Domingo – lembro – era o instante das pausas,
O pouso dos tristes, o porto do insofrido.
Na tarde, uma valsa; na ponte, um trem de carga;
No mar, a desilusão dos que longe se buscaram;
No declive da encosta, onde a vista não vai,
Os laranjais de infindáveis doçuras geométricas;
Na alma, os azuis dos que se afastam,
O cristal intocado, a rosa que destoa.
Dos meus domingos sempre fiz um claustro.
As pétalas caíam no dorso das campinas,
A noite aclarava os sofrimentos,
As crianças nasciam, os mortos se esqueciam mortos,
Os ásperos se calavam, os suicidas se matavam.
Eu, prisioneiro, lia poemas nos parques,
Procurando palavras que espelhassem os domingos.
E uma esperança que não tenho.